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O TARÔ E O PRECONCEITO

Tarot & Cartas

08/08/2023

Não é difícil termos uma opinião formada sobre algo, nos baseando em vivências anteriores ou mesmo em visões pré definidas. Como a palavra mesmo diz PRECONCEITO, é ter um conceito prévio sobre alguma coisa e é natural que façamos isso, diariamente, com coisas pequenas. Porém, há situações onde esse se torna intolerável, em casos de preconceito racial, xenofobia, homofobia e por aí vai. 

Em situações distintas - várias, inclusive - pude reconhecer o preconceito com o tarô. E não sei porque, nunca escrevi a respeito. Hoje, parei e pensei: é, é hora de fazer isso, até porque as últimas vivências envolvendo o tal do preconceito me deixou um pouco pensativa.


(Enquete realizada em redes sociais)

O mais comum ao falar que jogo tarô, é as pessoas me olharem com a cara de surpresa. Independente disso, já escutei variadas coisas, como: "mas mexer com essas coisas não é perigoso?" ou "Mas isso é coisa boa?" e recentemente, situações que envolvem entrevista de emprego. Nesses casos, a(s) entrevistadora(s) foram questionadas sobre o perfil dedicado ao Tarô em redes sociais, e em tom sarcástico, se gostariam de permanecer exercendo, se pretendiam continuar sendo tarologas e em um dos ocorridos, até a exclusão no processo seletivo por conta desse detalhe. Foi mais de uma vez e, sim, não foi uma simples curiosidade do recrutador saber que a(s) pessoa(s) tinham um perfil focado nas cartas. Até porque a forma que foi citado no ato da entrevista, causou desconforto. Não somente em um caso, mas em todos os exemplos que escutei a respeito.

Certa vez escrevi sobre os mitos no tarô e, um deles, é o fato do tarô ter algum tipo de conexão com religiões - o que é um mito. Ontem, ao realizar pesquisas na internet, uma das perguntas que me deparo é: "Qual é a religião do Tarô?" e fiquei bem perplexa, porém entendo que ainda exista essa noção que jogar cartas é algo de outro mundo, supernatural, conexão com entidades, religiões, ceitas, rituais etc. Entendo, até porque muita gente que utiliza o tarô, o faz realizando uma conexão com a espiritualidade ou com essa premissa de "Vejo o seu futuro nas cartas".

Em outro artigo, falei um pouco sobre essa associação do Tarô com previsões, vidências, certezas e destino. Lembrando que não tem nada a ver Tarô e Ciência, Tarô e religião, ou Tarô e espiritualidade. No caso da religião e espiritualidade é uma opção que o tarologo ou taróloga possuem para utilizar as cartas em suas consultas. Caberá à consulente entender a forma que esse trabalha e se aliar a essa forma de leitura.

O que quero dizer é que todo o preconceito normalmente vem dessa associação do Tarô com o supernatural, previsões e vidências. Ainda existem pessoas que associam o perfil da taróloga com o de uma mulher mística, por vezes cigana, usando uma tenda e uma bola de cristal. É hora de tirarmos de linha essa imagem do tarô rodeado de figuras místicas, de bola de cristal, de caldeirão como definição do que ele é. "Ah, mas o Tarô sempre foi usado assim!" - Inicialmente o Tarô era um jogo lúdico, sabia? A medida que o tempo foi passando, a conexão das cartas com previsões foi sendo construída e assim, criou-se um perfil quase restrito que define as pessoas que o utilizam.

Como tudo é mutável, hoje estou aqui, escrevendo e tentando dizer a vocês que a intenção nunca foi essa. Foi-se moldando e sendo encaixado aonde cabia. E assim permaneceu, até quando começamos a entender que a linguagem simbólica do tarô é uma forma de conectar à realidade do indivíduo - sem gerar o susto do inexplicável. 

VOCÊ QUE GOSTA DE CONSULTAR E VOCÊ QUE UTILIZA O TARÔ, SE SENTEM CONFORTÁVEIS AO DIZER QUE GOSTAM OU ACREDITAM?

Muitos clientes, ou mesmo tarólogos se sentem desconfortáveis ao dizer que gostam da ferramenta, pois sabem que o risco de serem julgados e ridicularizados é grande. "Acredita nessas baboseiras?" "Mexe com esse tipo de coisa?" e por aí vai.

O Tarô é uma ótima ferramenta de autoconhecimento, pois trabalha com os arquétipos, ou seja, símbolos que são reconhecidos por sociedades. É através da leitura que fazemos uma ligação com o contexto individual da consulente. Essa é uma forma de utilizar o tarô, dentre várias outras já citadas aqui nesse artigo e em outros aqui no site.

Precisamos desmistificar o Tarô. E tudo bem se você o utiliza ou visualiza realizando conexão com o espiritual, mas não é só essa forma de uso e é por isso que precisamos ampliar o leque de informações.

Diana Prates


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